Choques energéticos: nosso corpo de lugar em lugar

Este é um assunto que sempre fica nas minhas pautas mentais quando vou pra um lugar novo ou transitando entre a loucura de São Paulo e a calmaria da Bahia. 

Vou tentar ao máximo escrever como se fosse um audio desses de 20 minutos com alguma amiga. É um monólogo né? mas não deixa de ser amigo.

Cada pessoa tem dentro de si um Universo. Somos parte de vários sistemas: o nosso, o da nossa casa, cidade, país, planeta, solar e por ai vai. Todos nós recebemos e doamos energia o tempo inteiro (até quando dormimos), afinal, somos energia pura. E por isso aqueles que acreditam em reencarnação também entendem que a morte é apenas o descarte de um corpo que não lhe serve mais. É um momento em que sua energia atingiu um grau de transformação que necessita expandir além do corpo físico (pode ser uma comparação tosca mas é quase como quando saímos do mundo físico e expandimos para um mundo virtual que é intocável e  imensurável). 

Enfim, eu, você, a mesa, a flor, tudo energia!

Só que você é um sistema e logo a complexidade vai aumentando. Você possui um sistema pouco explorado e conhecido que é afetado e refletido na sua realidade hoje. Vou chamar essa realidade como "sua verdade" pois vai ser a versão daquilo que você interpreta a sua volta. Sua ações, pensamentos e sentimentos dizem respeito a você e atuam de uma forma microscópica num sistema maior pois é o que torna a expressão "somos todos um" absoluta. Então você transforma a verdade do outro tanto como a sua própria. Mas isso significa que nós somos capazes de mudar alguém? Não! 

Apenas significa que somos tendenciosos e influenciáveis pelas limitações da nossa consciência humana pertencente a uma sociedade. Por exemplo, só você tem a capacidade de mudar a si, mas o que está em sua volta pode fortemente te inclinar a querer tal transformação pois é a influência da massa energética que te rodeia.

Ou seja, você muda o ambiente e o ambiente te muda.

Tudo se transforma o tempo inteiro.

A energia está sempre em movimento.

Sacou?

To me sentindo meio professora com esses termos, vou tentar simplificar um pouco mais a partir de agora. O que eu quero dizer é, quando chego em São Paulo que é uma cidade cheia de pessoas com padrão de comportamento acelerado, superficial e materialista,  o padrão energético desse ambiente vai influenciar o meu sistema interno. Então mesmo se eu for uma pessoa calma meu dia-a-dia ou percepção de tempo vai ser diferente do que eu tenho em outros lugares. 

E o que acontece quando essa mudança de vibração é brusca?

(como por exemplo quando saio de Itacaré - cidade rodeada de mata atlântica, mar, praia, sons de pássaros e horários normais de trabalho para São Paulo cidade quase sem natureza, cheio de tecnologia, horários extensos de trabalho e muuuito trânsito) 

CHOQUE Á VISTA!!

A frequência vibratória recebe uma bomba de uma hora pra outra, logo isso afeta o seu sistema interno. E o que acontece quando nosso corpo acha que está sendo invadido por algum vírus ou ameaça? Se protege, junta as armas de fogo, deixa zonas desprotegidas e revida.

Chegou em um lugar e ficou com dor de cabeça? garganta? gripe?

Olha seu corpo ai tentando falar para você que sentiu uma mudança e não teve tempo de entender ou processar o que está acontecendo. Sou dessas que sempre que tem alguma doença vai buscar entender a causa por trás. Antes de tomar qualquer remédio quero entender o que não ficou claro, o que prendi ao ponto de travar meu fluxo de energia. Onde está a carência do meu ponto de partida?

O lugar que estamos no presente nunca é o lugar errado, mas nossas manifestações podem dizer muito sobre o que falta ou a mudança que é necessitada para adaptar-se ao novo.

As vezes é medo. Aliás, a maioria das vezes é medo.

Na Bahia eu to calma, tranquila, equilibrada nos meus valores e rotina, porém com saudade dos amigos, da família, de gente. Aí eu vou pra um lugar que tem MUITA gente, mas não tenho tranquilidade, nem paz, mas tenho vários esteriótipos e julgamentos e a opinião de várias pessoas que antes ficavam só ali parcialmente na minha vida com resumos no whatsapp. 

Quando vou pra São Paulo nunca lembro dessa parte em que todos se preocupam o tempo todo com a parte de serem aceitos. Chego achando que todos vão me receber de braços abertos, com muito amor pra dar (risada maléfica e desesperada aqui). NUNCA é assim e SEMPRE me sinto deslocada como se as pessoas estivessem vendo um alienígena no lugar de Gabriela. É exagero? Sim, um pouco mas não tudo.

A verdade é que o choque é grande e preciso de tempo pra processar e me adaptar - toda santa vez. Preciso sempre buscar dentro de mim quem é a Gabriela acostumada com correrias a mil, internet rápida, mil apps para cada situação e o que tem lá na cidade que não tem aqui no mato mas que me coloca um baita de um sorriso no rosto. E o mesmo acontece na situação contrária. Chego na Bahia e quero esfolar baianos vivos por dirigirem lerdooooos demais. A culpa é deles? só Deus sabe! Mas o meu incômodo é 100% meu e preciso encontrar a Gabriela da paz, conectada com a natureza e integrada com o tempo baiano.

A energia de cada lugar nos afeta de forma positiva e negativa. Se você quer estudar e focar nos seus estudos não é indo na balada que você vai conseguir né? E, quando chegamos num lugar e passamos mal? Sensitivos sempre estarão a mercê, você não necessariamente precisa estar num beco de drogas pra sentir a energia de um lugar pesada. Se você estiver ao redor de pessoas com padrão mental negativo aquela energia vai afetar o ambiente externo e por ai vai.

Existe um forma de se proteger contra essa doenças que se manifestam?

Cara, se não temos controle das nossas emoções imagina que tipo de controle temos sobre os minions que habitam nosso corpo e aura? Estar aberto para entender e aceitar nossos processos sempre facilita e acelera esse processo de limpeza - correção - adaptação com relação a cada situação da nossa vida. Quando ficamos rígidos a mudança, ou nos colocamos pra baixo por estranhar o mundo a sua volta, não adianta correr desesperado e forçar a ser algo que não se encaixa ali no bloco. Ser paciente consigo é uma forma de praticar Self Love. 

Sinta, Abrace, Viva.